RSS

Poema epiléptico

12 junho 2008

Tudo rouco
Um movimento em afasia.
Porquê tentar verberar
Um delírio decidido?

A espuma de barbear
Misturada com a que sai da boca.
Em salpicos, a saliva fervida
E a língua virada pra Sul.

A vista inversa
A botar as lágrimas fora,
Depois de um cérebro cozinhado.

Os membros alongados electricamente,
Porquê tentar vencer
Um arrebatamento convicto?

2 __:

Carlos Lopes disse...

Gostei do que vi por aqui. Também vi a Cat, mas em Lisboa. Foi fantástico.

Poemas muito interessantes.

Joana disse...

Este está genial! Obrigada pelo elogio :)