Hoje fere a boca,
Deixa que a placenta te doa,
Que o sangue te rebente das unhas.
Hoje esmurra as olheiras
E deixa-te ser objecto,
Aproveita a lei fundamental.
Hoje deixa-te em baixo.
E esfaqueia a boca,
Deixa o paladar dos cabelos ser o gume
E que as mãos ouçam o vapor nas costas.
E não digas as palavras...
E... e... só a boca.
Hoje deixa-te de ser,
Sê os dentes na boca outra vez.
Hoje espeta-te, experimenta.
No presente, deixa escorrer os instantes
Com a boca na gula.
E hoje... de madrugada,
Deixa-te comigo.
(Disse-me em monólogo)
O diálogo sobre presente
31 outubro 2008
Vácuo cheio por Daniel Simões às 03:01
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4 __:
pareceu-me um trialogo!
Muito bom!
gostei muito.
beijo,bom f.d.semana**
sim
hoje
deixo
Gostei do poema Daniel.
"Cheirou-me" a cólera quando o li.
Abraços
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