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Poema desorientado

03 janeiro 2009

Começaste pelo chão duro.

Esmagadas, as palmas em vácuo,
Completavas o circuito eterno.

Os pés eram apóstrofes,
Chamava-se o passado em insanidade.
Despregadas eram as tábuas onde dançavas.

A cambalhota pelas horas ensonadas.
Era tarde para as guitarras,
Já as velhas iam na última hora
E os telhados escorregavam.

Um jantar de madrugada:
Havia geada sobre os pássaros,
Sobre os versos longos
E por cima da luz amarela dos postes.
A receita era pouco ensaiada - legumes e massas a ressonar.

Acabaste pelo chão duro.

1 __:

NunoSioux disse...

Acabar onde começa....

Bom ano para ti Daniel!!!!
(visto que a inspiração é a mesma de sempre!)

Abraço!!!!!!