Começaste pelo chão duro.
Esmagadas, as palmas em vácuo,
Completavas o circuito eterno.
Os pés eram apóstrofes,
Chamava-se o passado em insanidade.
Despregadas eram as tábuas onde dançavas.
A cambalhota pelas horas ensonadas.
Era tarde para as guitarras,
Já as velhas iam na última hora
E os telhados escorregavam.
Um jantar de madrugada:
Havia geada sobre os pássaros,
Sobre os versos longos
E por cima da luz amarela dos postes.
A receita era pouco ensaiada - legumes e massas a ressonar.
Acabaste pelo chão duro.
Poema desorientado
03 janeiro 2009
Vácuo cheio por Daniel Simões às 00:46
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1 __:
Acabar onde começa....
Bom ano para ti Daniel!!!!
(visto que a inspiração é a mesma de sempre!)
Abraço!!!!!!
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