Esta é a penúltima lição de uma matéria que ensina as pessoas a não dizerem o que não tem utilidade.
Bem, mas esta lição é estranha, não é para ser levada à letra. Não vos vou falar de língua portuguesa nem de piropos populares que não fazem sentido. Esta quarta lição (que não é bem uma lição) espelha a minha visão do que é verdadeiramente redundante.
Quando um boomerang é atirado, descreve uma curva e volta ao ponto de onde saiu. Ora, para quê atirar este objecto, se sei onde ele vai ter? É redundante, mas é um passatempo divertido.
Quando acordo e vejo os lençóis da cama engelhados, sinto necessidade de os compor e ter a cama toda direitinha. À noite, vou dormir e penso: "porque fiz a cama, se agora a engelhei de novo?". Fazer a cama é redundante, mas é uma necessidade para melhorar o aspecto do meu quarto.
O nascimento de um bébé é poderoso e contribui para a redundância mais absurda e, como disse acima, estranha. O bébé nasce, alimenta-se, começa a falar, a andar, cresce, passa uns anos a estudar, emprega-se, conduz, casa-se, paga as contas, envelhece, usa bengala e morre. Viver sabendo que no fim da linha está a morte é a maior redundância que pode existir. O que vale é que o homem consegue tornar a vida no conceito mais divertido e curioso e anula esta redundância.
Isto não deve ser levado muito a sério para quem lê, porque é idiota começarmo-nos a suicidar só porque pensamos que a vida é um ciclo redundante, e que não estamos cá a fazer nada. Só quis expressar a minha ideia de redundância ao seu nível mais extremo, em acções que distraem e evoluem o homem durante a sua vida.
Redundâncias - lição que não é bem uma lição
13 janeiro 2008
Vácuo cheio por Daniel Simões às 02:00
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4 __:
É para contradizer essa redundancia extremista, que se inventam as religiões. talvez por isso é os homens-bomba além de extremistas, têm todos religião, porque que irão reencarnar em forma de ovelinha fofinha que todos irão amar. Assim, o conceito de vida-morte deixe de ser tão redundante.
Quanto á cama, convém sempre deixa-la direitinha pra enganar o olho curioso de alguém que passe no quarto e espreite!
E existirá maior redundância que vácuos cheios? I don't think so! =P
Sobre a mu.dança de visual.
Gostei.
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Eu não pretendo chocar ninguém.
Mas para mim não existe diferença entre um cão e um bebé até aos 12 meses.
Depois...
tarde.
mais t.arde.
vivemos.
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Beijo.
Bem, as tuas lições, ou espécie de lições, ou o que lhes queiras chamar, estão realmente brilhantes! Principalmente a "Estás a dormir?", é tão banal que acho que nunca ninguém se lembra, do quanto ridícula é a expressão.
No geral, não é a toa que se diz que o Português é traiçoeiro, nem é à toa também que se diz que a vida é um ciclo. :P *
Quanto ao boomerang faz algum sentido quando não se o sabe manejar, visto que muitas vezes ele vai parar bem longe e não volta até nós.
Fazer a cama ou não fazer? Eis a questão! Eu raramente a faço, até porque convém deixá-la por fazer e com a janela aberta para libertar os "ácaros" e isto eu li numa revista. Mas às vezes faço-a! Não nenhum badalhoco! Lol.
Eu levo a questão um pouco mais longe! Para quê engomar os lençois? Logo à primeira que são usados ficam engelhados! Eu recuso-me a engomá-los! E digo o mesmo à minha mãe! Para quê?
Quanto à redundância da vida enfim já tenho pensado muito nela e acho que nem todos têm a sorte de a tornar "no conceito mais divertido" e o fim da redundância permanece presente.
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