A redundância é palpável quando relacionada com a linguagem. Quando dou o exemplo de que dizer "todos menos eu" é redundante, percebe-se isto sem que ninguém conteste, porque se todos fizeram algo, menos eu, então não posso dizer que foram todos.
Pode-se dizer que a redundância ligada às palavras é como a lei da gravidade: um copo cai em minha casa, assim como cai do outro lado do planeta. É homogénea e podemos saboreá-la sem grandes segredos.
Quando aplicada em assuntos como a "vida", a redundância pode ser discutida por várias opiniões sem que se chegue a um acordo. Este tipo de redundância é desconcertante.
Quando falo na minha visão da redundância (aquela da cama ficar por fazer) também falo em exemplos concretos (a cama é um objecto). Mas quando se discute se se deve ou não deixar os lençóis direitinhos, podem existir opiniões diferentes.
Na lição nº2 dei o exemplo de "certeza absoluta". Disse que é redundante porque "certeza" é um ponto máximo e não pode ser absoluto porque já inclui este adjectivo no seu carácter. Aqui falo apenas em língua portuguesa.
Pode haver (e há) quem diga que uma certeza pode ser rebaixada quando atingida por outras opiniões. Aqui a certeza deixa de o ser e passa a ser uma opinião menos forte
Resumindo, finalmente, apontar uma expressão redundante é mais fácil do que falar sobre a vida ser ou não inútil. Na segunda hipótese faltam-nos palavras que traduzam o que pensamos, não há uma discussão fluente. Quando há palavras tudo é mais fácil.
Redundância - conclusão
15 janeiro 2008
Vácuo cheio por Daniel Simões às 17:50
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