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Poema alcoólico

16 maio 2008

Talvez seja o chão torto
Ou os pés empenados,
Mas este poema teima
Em beber mais um.

É do chão e é dos pés,
Mas é também das raparigas batoteiras
Com o efeito de personalidade hipnotizante,
Que este poema bebe outro.

É por tudo.
A plateia repetida,
O tabaco desconhecido,
As paredes a fazer o pino,
Talvez a atmosfera enterrada.

Talvez ainda dos rostos perto,
E beijos apedrejados.

Diz ele, o poema,
Que tem dez estrofes,
Mas fui eu que o escrevi.

5 __:

Elsa disse...

Eu bebo um por este poema. Está fantástico!

=)*

Ga b riel Ba lta zar disse...

"As paredes a fazer o pino", onde é que o poema já ia. Chamem o 112!

Gostei do poema, se bem que hoje os meus pés também estão um pouco empenados, é de andar a pé, não é de alcoolémia.

Abraço

Anónimo disse...

"É por tudo."

E foste tu que o escreveste.

bj

S. disse...

Céu inclinado,
tropeções em garrafas,
má disposição quase certa...
O que importa é que seja uma FESTA!
A VIDA... uma FESTA!

Brindemos a isso!

Daniel Simões disse...

Elsa, brindemos...

Gabriel, andar a pé faz bem, e se o estado do corpo humano for o mesmo deste poema, ajuda a ficar sóbrio.

Anatcat, escrevi-o, e escrevi-o a umas bonitas horas...

Sofia (ou capital da Bulgária), a vida é uma festa até às tantas.