Os braços eram corrigidos com a chuva.
Milhares de esferas ensopadas,
Desde milhares de pés acima,
Com milhares de elementos sujos
E milhares de salpicos nas telhas.
E uma saraivada cairia mais tarde.
Com o lápis algemado,
Suavizava versos de serenata.
Não conseguia, é tão lamechas isso de escrever romantismo,
Opino eu.
Caía então.
Era gelo, contra o magnetismo do solo.
As persianas com a pele aberta,
As terras tinham varicela
E havia putos a saltar nas poças.
Os braços eram aparados à chuva.
Poema regenerativo
06 setembro 2008
Vácuo cheio por Daniel Simões às 09:42
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
8 __:
Gostei muito. Acho que foi o que mais gostei de tudo o que já li teu. MAGNÍFICO!
Muito bom...
Neste caso não seria lápis algemado mas talvez "teclado empenado" ;)
Gostei bastante, anseio por ver um livro de poemas publicado por ti.
Abraço
Meu, o teu blog está cheio de nove horas!!!! QUe é como quem diz: Epá cum catano pá que cena meu.......
Abraço
tão bom, tão bom...
nada como o alívio momentâneo with arms wide open de sentir as gotas da chuva contra um desgosto (de amor, de a vida, de...)
bjs
Tens algum ornitorringo que me dispenses?
Sioux,
para que raio queres um ornitorringo e um gato?
:D
bjs
gostei dos braços a aparar a chuva.
Beijo.boa semana.
Sofia, obrigado, fico contente quando gostam do que escrevo.
Gabriel, poderia ser teclado empenado, mas, como rabisco sempre no papel antes de passar para o blog, continuo com o lápis algemado.
Nunosioux, epá cum catano pá que cena meu, tás de volta!! E não, não tenho nenhum ornitorringo, mas tenho dois pares de corvos se quiseres.
Anatcat, não é preciso um desgosto para estar à chuva. Porque não estar simplesmente à chuva? É bom...
ELA, estiveste na Jamaica? Safada... Lá, a chuva deve ser tão boa...
Enviar um comentário