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A mente, mente.

26 fevereiro 2008

É possível o barulho na pele
Enquanto uma sinfonia na mente?

É possível despejar restos do estômago
Enquanto só vendo o acontecer?

É possível congelar
Enquanto cobertor e fogo?

É possível o tacto em terceiros
Enquanto, na mente, em mim?

É possivel o movimento
Enquanto na folha uma imagem pregada?

Com a mente, sim.

2 __:

Ga b riel Ba lta zar disse...

Olá Daniel.
Tu de facto escreves poesia muito bem. Este poema não se percebe à primeira leitura (No meu caso) o que demonstra a tua preocupação com os pormenores, com as palavras a utilizar, com as imagens que queres transmitir.

A quarta estrofe chamou-me a atenção: Será possível estarmos de facto a sentir o contacto que que alguem estabelece connosco ao mesmo tempo que no nosso pensamento so nos preocupamos com o nosso ego? Acho que não.

Continua e não desistas da ideia de um dia editares estes poemas fabulosos.

;)

Daniel Simões disse...

Olá Gabriel.
Obrigado pelo comentário.

A tua teoria para descrever a quarta estrofe é interessante, mas não foi numa característica egocêntrica que pensei quando a escrevi.

O poema é baseado na capacidade da mente fazer o que quiser com o corpo. Exemplo disso são as ilusões corporais (pesquisa por "ilusão pinóquio"). Ou quando vemos alguém espirrar dar-nos também vontade de o fazer. Ter frio quando está calor, ilusões ópticas, etc.
A mente é mentirosa.

Abraços.