O pó nos ossos trincados
É osteoporose.
Na sala de estar idosa,
Há pó no tecto
E nas coisas.
O pó é o passado das coisas,
E o passado das pessoas
Tem de ser o pó limpo no tecto,
Só se o tecto não for permanente.
O pó em cima do pó
Em camadas irrelevantes.
Na sala de estar idosa,
O pó no tecto
É infância.
Sem prazo de validade,
O pó mumificado na gente
Tem de ser lembrado
Só se não for um piano falso.
O passado é pó
10 março 2008
Vácuo cheio por Daniel Simões às 22:47
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2 __:
"O pó em cima do pó."
Na cinza do teu rosto.
Bonito poema.
Boa semana,beijo.
O pó é o passado que constantemente teimamos em consumir e em deixar estar. Somos preguiçosos por não o querermos limpar.
"O pó no tecto
É infância."
Gostei desta parte ;)
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